quarta-feira, 16 de junho de 2010

Poemas de Charles Robert Keis - "Ô Chefe 45"

Às vezes tento fugir
de minha idade tristonha
e voltar à minha infância,
aquela vida risonha.
Onde os amigos são bons,
falando em termos gerais,
com os adultos não me entendo,
são todos tão desiguais.
As crianças querem brincar,
bola de gude, pique, pular,
jogam pelada, vivem a cantar
Os adultos, só querem vingar!
Vê quem... Não importa.
Mas por que a revolta?
Pois quando crianças
Brincavam também.
Eram crianças normais.
Jogavam peteca, brincavam de roda,
pulavam quintais,
por vezes, havia briga
e a troca de mal.
Mas continuavam brincando
de cara fechada, lá no quintal,
apanhando pitangas, derrubando laranjas,
Não importava pra quem,
E de repente, por nada
comendo goiaba,
trocavam de bem.
E assim são as crianças de todo lugar.
Não importa a cor, condições sociais,
todos se irmanam,
jogando queimada, bancando mocinhos,
apostando corrida em todos locais
Depois crescem e mudam,
mas há um culpado para mudanças tão radicais.
São os próprios, a vida ou os pais?!
E é por isso, que tento fugir,
Fugir de minha idade tristonha,
voltar a infância querida...
e ter uma vida risonha...
Amar é poder subestimar a traição
É fechar os olhos sem ferir o coração
É dividir a realidade com a ilusão
É não trombar com a frustração
Poder amar é poder viver
É sentir por entre os lábios o querer
É poder tocar e ser tocado!

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Amor sem fim é não ter o seu próprio refúgio
Minha loirinha de olhos verdes
Por ti adormeço sob a terra
Mais linda que o sonhar tu és
Por seus lábios fico aos seus pés
Quando murmuro em seu ouvido
E digo que te amo
Não é para te agradar
É o único sentimento
Que por te sei expressar
...É, o amor supera tudo
Supera o vazio, o intervalo, o tempo
As diferenças, idade, preconceito
O amor supera o imaginável, supera religião,
supera até a desigualdade racial e social
...O amor supera tudo mesmo,
supera até as diferenças socioeconômica!.

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Jamais tive a vaidade de ser poeta,
Faço versos, porque o belo me inspira;
Versos coxos, de um coração de atleta,
Mas que não tangem das musas a lira!
Ao lembrar-me dos poetas que passaram,
Gloriosos, nos seus poemas imortais,
Eu sinto que os meus versos desbotaram,
Como as velhas pinturas dos murais!
Ao revê-los, porém, tenho o consolo,
Apesar de inexpressivos, sem miolo,
Jamais foram versos vis, imorais;
Só decantei as belezas da vida
Em linguagem singela, comovida,
Sou poeta? que me julguem os demais!

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