terça-feira, 29 de junho de 2010

Poemas de Charles Robert Keis - "Ô Chefe 45"

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Por que, meu Deus, que amar é pecado?

Será que admirar a beleza é crime?

Um rosto lindo, um corpo delicado,

Que conforta a alma e que às vezes redime!

Que mal faz, admirar a beleza,

De uns olhos belos, de um busto sedutor,

De um talhe esbelto, cheio de nobreza,

De um encanto suave, meigo como a flor?

Se o nosso coração está sedento,

Sofrendo a angústia do tormento,

De possuir aquilo que a gente quer;

É tão sublime o querer na vida,

E eu pergunto com a alma comovida,

Para que Deus criou o homem e a mulher?!


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Não sei se você me amou de verdade,

Nosso amor foi breve, uma vez apenas;

Nós que buscamos a felicidade,

A encontramos naquelas horas serenas!

Na minha luta em defesa do povo,

Me animava a luz do seu olhar,

Eu me sentia como um homem novo,

Sonhando com a hora de a encontrar!

Depois, nunca mais nos encontramos,

Eu e você nunca mais nos esforçamos,

Mas sua lembrança é doce como o mel;

Não sei se foi amor ou foi paixão,

Ficou marcada a nossa união,

Representamos bem nosso papel!


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Contemplando de longe, a janela

Florida, que dá fundo pro quintal,

Parece-me ver a linda imagem dela,

Com o seu sorriso doce, divinal!

E a pensar, que nós fomos tão felizes,

Que amamos um ao outro, com fervor,

Na minha alma, só restam cicatrizes,

Das feridas feitas, pelo teu amor!

Sempre eu contemplo aquela casa triste;

Aventura para mim já não existe,

Tristonho eu revejo o arvoredo;

Onde ao luar, nos encontramos tanto,

E esta saudade me traz tanto encanto,

Que, às vezes, eu soluço em segredo!

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