sábado, 4 de novembro de 2017

Contando histórias e “estórias” sobre Contabilidade

Sou contadora ou contabilista. Coloco dessa forma para incendiar a polêmica que trata dessa diferença e afirmar que sou profissional da contabilidade e também uma pessoa que gosta de contar histórias e “estórias”. Outras diferenças? Talvez! Uma vez que diferença é o resultado de uma conta matemática. Conta remete a Contabilidade e assim começamos nossa conversa. Mas, só pra esclarecer um detalhe: eu e meus colegas detestamos diferenças.
 
Em nossa profissão, registramos a história de muitas sociedades existentes e outras, já não existentes. Utilizamos a contabilidade, famosamente conhecida como ciência social, como um instrumento de tratamento de fatos e números, mas que às vezes parece de difícil compreensão aos usuários da informação. Essa é a fama, mas não vou aqui deitar na cama, pois como já disse, gosto de contar “estórias” e nosso assunto tem conteúdo para muitas delas.
 
A contabilidade não poderia ser contada como um fato singular, pois ela é plural. O estudo do patrimônio como nosso objeto de trabalho, não é o mesmo, pois cada sociedade é única, composta por diversidades e especificidades próprias do mercado em que atua, da forma de sua criação e de seu objetivo social.
 
Retomando a história, sabemos que no seu surgimento, a Contabilidade possui registros que apontavam seu uso para contar os rebanhos, o chamado inventário, de tempos em tempos. Não sei se já te perguntaram: “Então contavam os carneiros? Então, quem conta é contador.” Opa! A pergunta correta seria, mas contar para o quê? Para controlar a quantidade de carneiros dos pastores, resposta óbvia certamente. Não. Resposta incorreta. A contagem servia para se avaliar a riqueza do pastor. Avaliar se havia crescido, diminuído ou se continuava na mesma, estagnada.  A partir dessa avaliação, os pastores analisavam suas condições e expectativas futuras para decidir o que fazer. Afinal, o objetivo era aumentar a riqueza.
 
Hoje, o que percebemos na nossa sociedade é um objetivo similar ao antigo: aumentar sua riqueza, mas atrelada a melhoria de seu bem estar social. Para isso, os economistas criaram uma nova terminologia, a Maximização da Riqueza. A integração dos dois objetivos é o objetivo maior das entidades na contemporaneidade.
 
Na estrada da evolução, todos profissionais andam juntos e as entidades, antes simples rebanhos, são hoje complexas organizações dos mais variados formatos: sociedades mistas, anônimas, individuais, empresárias, privadas, públicas, com ou sem fins lucrativos. Nosso escopo de trabalho aumentou significativamente e não há como ter a mesma contabilidade singular para atender a demanda existente.
 
Complexo isso? Sim, mas o significado de complexo não é difícil. Então, respondemos aos anseios da sociedade, apresentando as muitas metodologias que desenvolvemos, e também como a contabilidade empresarial, a pública e a do Terceiro Setor, a societária, a tributária, a auditoria, a perícia, o compliance. Tem muita coisa!
 
É sobre isso que contarei pra você a partir de hoje aqui no blog da WEB Certificados. Conheceremos e discutiremos oportunidades, interesses, ferramentas e métodos de trabalho. Você já conhece a Contabilidade do Terceiro Setor? Te esperamos no nosso próximo post! Um grande abraço.

Daniela Balbina de Souza Crespo Marra é mestre em administração pública, contadora, professora e palestrante. Atua como consultora para contadores e gestores, capacitação, treinamento empresarial, conformidades e contabilidade.
 
A Daniela é parceira da WebCertificados!
 

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